segunda-feira, 9 de março de 2009

Quem você realmente é?

O que seria estar vivendo em consonância com sua verdade profunda?
Por que tantas pessoas passam pela vida e quase próximo ao seu desenlace sentem que não cumpriram o seu destino?
É possível mudar a rota em qualquer momento de nossa existência?
Como podemos saber se estamos trilhando o caminho certo para nós?
Não existem respostas para estas perguntas que sejam aplicáveis a todos e cada um de nós sabe exatamente a resposta.
Quando tratamos de seres humanos as generalizações ajudam, mas só até o ponto de percebermos que somos iguais a tantas outras pessoas sob vários aspectos, constituindo grupos a que podemos pertencer, mas que não há outra pessoa totalmente igual a cada um de nós, mesmo no caso de gêmeos univitelinos. Nós somos únicos e delinear nossa individualidade é tarefa extremamente complexa e qualquer um que tente fazê-lo necessitará da ajuda daquele que for seu objeto de interesse. Somente cada um de nós é capaz de reconhecer toda sua dimensão humana. Cada um é diferente de todos quando examinado em todos os seus níveis de atuação: físico, emocional, mental e espiritual. E o autoconhecimento, este mergulho em nossa profundidade, é indispensável e também segue diferentes formas de realização.
Entretanto, é possível perceber quando estamos distanciados de nosso caminho, quando não estamos cantando a nossa música.
Se estamos num estado em que temos entusiasmo de levantar todas as manhãs para começar um novo dia e nos sentimos bem e confortados ao irmos para cama todas as noites para dormir, então certamente estamos na trilha certa.
Mas, se em algum período de nossas vidas nos sentimos indiferentes, sem qualquer ligação com algum objetivo, mesmo que sejamos bem-sucedidos aos olhos do mundo, devemos nos perguntar se a vida que estamos vivendo é aquela que realmente desejamos ter.
Quando vivemos de acordo com aquilo que valorizamos, fazendo o que gostamos de fazer, nos relacionando com as pessoas do jeito que julgamos ideal (tanto na esfera familiar quanto social) e expressando nossa afetividade e poder criativo de forma individual, estamos harmonizados, nos sentimos em paz, felizes e experimentamos o estado de pertencer a algo maior.
Quando nos afastamos da nossa própria verdade, cedendo aos anseios de pais, outros familiares ou da sociedade em relação à nossa forma de atuar no mundo, estaremos mal, apenas cumprindo os dias, sem entusiasmo, desenergizados, mesmo que aparentemos sucesso na vida. E o sentimento resultante será de isolamento, de não estar ligado ao todo.
Parece fácil atender às nossas reais necessidades, sermos o que realmente somos. Mas quase sempre somos enredados no desenrolar da nossa existência, na relação com os outros e nos distanciamos de nós mesmos, muitas vezes não conseguindo expressar nossas escolhas em relação a questões básicas, manifestando características que foram sendo “coladas” em nossa personalidade sem que percebêssemos e que de fato não nos pertencem.
Assim, em muitos momentos, somos convidados pela VIDA a parar, olhar para dentro e tomar conhecimento de partes que desconhecemos em nós e precisamos integrar. Isto ocorre nas crises, que são convites a aproveitarmos o ponto de mutação e evoluirmos. É preciso que estejamos atentos.
Neste contexto, a doença aparece como um impulso para mergulharmos em nossa profundidade, para sabermos mais sobre nós mesmos. E para que ela passe a ser supérflua para seu portador e, portanto, descartada, é preciso antes decifrar sua mensagem.
O terapeuta é um guia para o doente reencontrar seu caminho. Mas como saber o caminho daquele indivíduo? Como fazê-lo redescobrir a sua canção?
As psicoterapias podem alcançar este objetivo utilizando inúmeras técnicas, porque cada ser, em determinado momento de sua existência, será mais sensível a uma ou mais delas, não havendo exclusividade.
Por outro lado, os terapeutas poderão também lançar mão das ciências esotéricas para aprofundar o conhecimento sobre seu paciente. Através da Astrologia, Numerologia, Quirologia, Tarot e outras, será possível perceber qual o perfil daquele individuo em relação às suas características de personalidade, habilidades, hereditariedade, potenciais etc. É mais uma ferramenta para o profissional de saúde.
Seja através de um trabalho psicoterapêutico, através de uma relação de amizade, de alguma ciência esotérica, com técnicas de meditação ou qualquer outro caminho de autoconhecimento, importante é certificar-se de que você está alinhado com seu destino, que está percorrendo seu caminho e está tentando concretizar os seus potenciais.
Se você está assim, provavelmente estará gozando saúde. Caso contrário, se empenhe tanto quanto possível ou busque ajuda especializada para conseguir escapar dos mecanismos que sugam a sua energia e o conduzem para a doença.

3 comentários:

Anônimo disse...

Alba,
Tudo que você colocou neste texto eu entendo e concordo, reafirma a necessidade de estarmos cumprindo a nossa missão neste plano, mas as vezes sem percebermos qual é o camilho a ser trilhado damos passos fortes para atalhos que nos tiram do melhor caminho, como se estivemos fazendo um escolha ou utilizando do livre arbitrio para sermos aprisionados em vivências que nos paralizam ou prejudicam a conquista de dias felizes e de bem-estar.
A pergunta que não quer calar! Como encontrar a mim mesmo? Qual o meu caminho? Quem sou eu?

Comentário por Claudia Beatriz Le Cocq D'Oliveira — 9.2.08 @ 23:31

Anônimo disse...

Claudia:
Continue vivendo, redobrando a atenção a cada nova escolha, repassando, avaliando e ressignificando os momentos já vividos, até que um dia possa se dar conta de realmente estar no rumo certo. É assim com todo mundo…

Comentário por Alba — 16.2.08 @ 12:09

Anônimo disse...

Claudia:
Lembrei de uma coisa, de um exercício interessante: imagine-se com uma pinça na mão retirando, cuidadosamente, de você, tudo o que foi colado durante a sua vida por outras pessoas ou por você mesma, inadvertidamente, e que hoje você sente que realmente não lhe pertence, não sendo seu próprio corpo nem aquela roupa que você sente que lhe cai bem.

Comentário por Alba — 16.2.08 @ 12:12