segunda-feira, 9 de março de 2009

Lidando com a dengue

Devemos ver a dengue de uma forma prática: se estou com a infecção é porque fui picado por um mosquito e o vírus está em meu corpo. Preciso das minhas defesas para eliminá-lo do meu organismo. Quando vem a febre, ela expressa as minhas defesas, então é natural que ela ocorra. Junto com ela vem a dor de cabeça e a dor no corpo ou outros sintomas gerais como náuseas, vômitos e diarréia. Então a primeira coisa é entender que preciso melhorar minhas defesas. Para isto preciso descansar, me acalmar, esperar que fique logo curado, rir bastante apesar do mal-estar e me hidratar, ainda que seja difícil comer ou beber alguma coisa. Mas devo entender que isto é fundamental para a melhora. No caso de crianças, elas precisam ser cuidadas todo o tempo porque ficam enjoadas, irritadas e devemos persuadi-las a comer e beber. Para a febre, banhos e compressas devem ser feitas sempre para diminuir a necessidade dos anti-térmicos. Se necessário, dipirona e ibuprofeno (Novalgina® e Alivium®) são mais indicados que paracetamol (Tylenol®). O ácido acetilsalicílico também deve ser evitado por causa das complicações hemorrágicas que já podem ocorrer. O uso de inhame na alimentação revigora o sangue e deve ser utilizado pelo menos duas vezes na semana. Ainda poderemos usar chá de folhas de cravo amarelo (cravo de defunto) que tem propriedades anti-viróticas e se mostrou de grande utilidade em epidemias em outros Estados.
A prevenção da dengue com o uso de repelentes deve ser feita com cuidado, já que fenômenos alérgicos podem ocorrer. Uma forma de repelir o mosquito é usar uma técnica de visualização criativa em que imaginamos uma aura de luz envolvendo nosso corpo como um casulo nos protegendo e impedindo a picada dos insetos.
Quanto ao tratamento com medicamentos homeopáticos, acredito que o tratamento pela similitude deva ser prescrito por um homeopata, individualizando cada caso, que deve ser acompanhado por ele até a recuperação, usando os medicamentos que forem necessários além das medidas gerais de suporte ou com a internação para hidratação venosa e outras medidas mais específicas nos casos que evoluírem mal. (A prevenção para aqueles que não contraíram a infecção pode ser feita com o uso do similium. Sendo aconselhadas fórmulas de uso indiscriminado, as mesmas podem ter bons resultados valendo-se do efeito placebo.)
Então, o principal nesta epidemia é ser solidário ajudando aos que necessitam por sua própria condição de carência geral, realizando as medidas preventivas erradicando focos de mosquitos, cuidando do lixo, evitando reservatórios abertos que acumulem água da chuva.
Mas é preciso ter calma, mudar o ânimo, não ter medo, ter a certeza de que vai se curar e contribuir para isto bebendo todos os líquidos que puder, comendo melhor, evitando usar medicamentos em excesso para febre e dor no corpo, dando oportunidade ao seu corpo de reagir, colaborando com ele e aguardando a melhora que virá em poucos dias ou será mais tardia na dependência das suas condições atuais de reagir ao vírus e eliminá-lo do seu organismo.
Nos casos em que a evolução não for tão boa, é preciso também ter calma, porque a hidratação venosa e, se necessária, a internação com todas as medidas necessárias, na maior parte dos casos possibilitará a recuperação.

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