sábado, 16 de maio de 2009

Irritação: o Fogo Destruidor

Irritação: o fogo destruidor - Torkom Saraydarian

Este livro nos mostra claramente a influência de energias invisíveis ao olho humano sobre o nosso organismo. Chama de ‘imperil’ esta energia que é gerada pela irritação, discriminando os vários fatores capazes de produzi-la, tanto externos quanto internos. Mostra como podemos nos defender evitando prejuízos à nossa saúde e como modificar posturas e comportamentos em nossa vida para minimizar a poluição das auras de quem se aproxima de nós.
As informações contidas neste livro se coadunam com os princípios da circulação energética, estudados pelas medicinas chinesa e indiana.É um livro excelente para nos auxiliar a lidar com o estresse do cotidiano, evitando ficar ancorado na raiva, estimulando a transformação pessoal.

Homenagem à Pintora (Therezinha)

Aqui estou eu, procurando encontrar palavras que possam expressar o que gostaria de lhe dizer, mas dificilmente saberei definir e traduzir as emoções proporcionadas por essa sua primeira exposição.
Quando a Vida, por razões que desconhecemos, determinou que ela fosse aqui realizada, senti mais uma vez que nada acontece por acaso.
Por que exposição Adrelírio Rios? Uma homenagem mais que merecida e justa. Ele tinha olho clínico para essas coisas, perscrutou sua alma e apostou na doutora, em verdade, na pintora de almas. E apostou certo.
Esta exposição é muito importante para você que almeja visualizar o futuro através da pintura, expondo suas emoções, alegrias e outros sentimentos, provavelmente até suas decepções. Cada um de nós traz de berço suas vocações (o artista atinge o âmago das pessoas através daquilo que lhe toca mais fundo). Mas lembre-se que a médica não pode abandonar a pintora e a pintora está ligada por Deus à médica.
Agora eu observo as pessoas que aqui estão, algumas como eu, que nada entendem de arte, mas que aqui vieram como um testemunho vivo dos seus primeiros quadros, sem cavaletes, sem telas, sem molduras. Sim, porque nem só com tintas e pincéis se faz uma pintura. Em momentos tão delicados que cada um deles viveu, foram essas mesmas mãos, essa mente poderosa que deixou em cada um a sua marca, na enormidade da fé, no consolo para uma dor, na esperança da cura.
Só pode irradiar muito quem muito possui, e o amor que você semeou mostrou uma realidade feita de sonhos. Esses foram seus primeiros quadros e, sem sombra de dúvida, os mais belos que você pintou. Doutor Adrelírio também deve estar por aqui, aplaudindo de pé a sua aposta acertada.
Pela personalidade, pelo seu amor aos que sofrem, pelo esforço das suas ações, serenidade na dor, caridade com todos, sinceridade nas intenções, bondade nos atos e, sobretudo, indulgência no juízo, fugindo aos devaneios de uma filosofia, você fez da sua alma você mesma, querida e estimada por todos que cruzaram seu luminoso caminho (você soube fazer amigos, você sabe viver).
Se algum dia o desalento invadiu o seu coração e lágrimas rebeldes romperam as represas, você soube ocultar dos companheiros de travessia.
Os seus quadros não retratam apenas o desabafo do seu inconsciente, mas a sua alma que, livre, tenta se manifestar. E nós os admiramos como quem penetra num sonho. Dizer que são lindos, a minha sensibilidade confirma. Em todo este multicolorido eu vejo borboletas esvoaçantes em travessas aventuras que nos transportam ao mundo dos sonhos. E sonhar é viver, pois alguém já disse que há sempre um sonho para ser vivido e há sempre algo para ser sonhado.
E com toda a emoção, quero lhe dizer obrigada por tudo que você fez e faz por mim. Eu sou também um dos seus primeiros quadros.

Estou Lendo...

O Corpo e Seus Símbolos: uma antropologia essencial, de Jean-Yves Leloup.

Ex-crever

Tenho pensado em escrever reflexões sobre a vida. Escrever como alguém que vive observando e procurando apreender o máximo de cada experiência, podendo assim dividir isso com outras pessoas.
Penso em funcionar como uma mensageira, alguém que deseja expor seus pensamentos, sua forma de encarar a vida hoje. E essa forma tem sempre evoluído. Acho que essa evolução, fruto de um aprendizado, se for comunicada, pode estimular uma transformação em outras pessoas.
As experiências, em si, podem ser interessantes ou não. Mas o interessante mesmo é exercitar formas diversas de senti-las. Porque cada pessoa encara um mesmo acontecimento de diferentes maneiras e uma mesma pessoa, em momentos diferentes da sua vida, é tocada de um jeito diverso pelo mesmo acontecimento.
Nós mudamos sempre. Mesmo aquele que se julga o mais estável dos indivíduos experimenta transformações. A mudança é a única coisa que é certa na vida de cada um de nós. E ainda que as transformações sejam apenas interiores, qualquer observador mais interessado poderá captá-las.
Gosto de quem escreve de uma forma densa, capaz de tocar profundamente os seus leitores. Sei que quando escrevemos nos expomos, em primeiro lugar, para nós mesmos. Então quando escrevo, prefiro ficar solta, a caneta no papel sem qualquer objetivo de comunicar alguma coisa. Simplesmente as orações vão-se formando sobre a folha em branco e comunicando para mim mesma o que meu Eu profundo deseja me dizer.
Eu escrevo da mesma forma que pinto meus quadros. Quando começo não sei o que vou pintar. A tela vai sendo manchada pelas tintas e, aos poucos, vai ganhando vida, me falando algo, me emocionando e, de repente, já tem vida própria. Mas, esse momento em que a pintura toma vida é inusitado. Vem de um toque do pincel, algum traço que amarra os demais e põe movimento naquela energia que estava estagnada. Antes desse momento não se consegue a satisfação. É o orgasmo das cores, é uma vibração que surge do nada, embora antes tenham participado, para a sua aparição, vários movimentos do artista.
Assim também ocorre no amor. Os amantes participam, movimentam-se, se encontram, se procuram, se percebem, gostam, captam um ao outro, mergulham fundo um no outro e, de súbito, uma explosão. É o êxtase, uma vibração que parece brotar não se sabe de onde, que não tem a ver só com a evolução dos movimentos, que é a energia liberada do coração de ambos, energia que interage, que ao transbordar dá o colorido final, que conclui tudo, que se sobrepõe a tudo, que é autogerada e que é o todo, o tao.
Eu quero comunicar, mas acho que se escrevo para me fazer entender por todos, não escrevo o que realmente desejo. Porque o que eu desejo é não escrever o pensamento ordenado. Eu, de fato, quero escrever o “não escrever” que, sei, tem a possibilidade de drenar o que há de mais verdadeiro em mim.
O que sai assim, sem a intenção de ser mostrado, traduz a nossa mais pura verdade. E deixar germinar essa semente, já é um objetivo grandioso, capaz de provocar alguma reação nos possíveis leitores.

Paciência

Se fores paciente por cem dias, ainda que possa ter um momento de raiva, escaparás da tristeza.