segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Rio 2016


Lá se vai o tempo em que eu tinha a preocupação de ser politicamente correta. Agora, que já passei dos 50, fico muitíssimo feliz em emitir minha opinião, por mais esdrúxula que pareça. E fico rindo por dentro, se minha verdade irreverente (já que ando quase sempre na contramão) choca os mais comportados, ainda que muitos deles talvez, no fundo, compartilhem das minhas ideias.
Assim, deixem-me confessar que depois da votação em Copenhagen, gritei a plenos pulmões: VIVA O BRASIL! BRASIL! BRASIL! BRASIL! Não que eu tenha qualquer interesse em esportes. Não mexo um músculo por nada, a não ser que tenha alguma utilidade outra que definir o corpinho, competir ou vibrar na torcida por qualquer competição. E, com toda esta preguiça, pra manter a saúde uso outras formas de exercitar o corpo e a mente.
Na verdade, não estou nem aí para futebol, Olimpíadas, Pan-Americanos, Copa do Mundo e correlatos. Mas gritei Brasil mesmo. E não foi por orgulho de ser brasileira, já que me considero cidadã do mundo e o que acontece por aqui, tirando a natureza e o coração das pessoas de bem, não motiva isso. Foi por pura esperança.
É que sou uma trabalhadora HONESTA e assim, depois de estar quase me aposentando, ainda preciso andar de ônibus. Daí, que se fizerem um décimo do que estão prometendo para o setor de transportes, quem sabe as coisas melhorem e eu não vou precisar mais ficar escrevendo aqui no blog aqueles textos carregados de indignação e revolta conclamando as pessoas (que, aliás, não aderiram ao meu movimento) a chamarem a atenção das autoridades no sentido de darem à população do Rio condições mais humanas de ir e vir.
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