quarta-feira, 4 de março de 2009

Ciúme Doentio

Se ciúme é tempero do amor,
No seu caso já extrapolou.
Apimentou tanto que incendiou,
Remexeu demais a massa que desandou,
Exagerou no afrodisíaco e naufragou,
Carregou tanto no tempero que envenenou.

Pitada de ciúme dá sabor,
Mas se é neura aprisiona e causa dor,
Quando é doença então, vira horror!

Se não quer buscar ajuda,
Salto fora, rompo o laço,
Enquanto há tempo, fujo do seu furor.

Aceito esta verdade:
Não se trata de vaidade
Nem falta de cumplicidade...
Chega de barbaridade!
Quero manter a sanidade:
Amar não é ter piedade.