sexta-feira, 27 de março de 2009

Vida, trabalho e consciência

Vida só de trabalho é vida obsoleta. Nós, conscientes, preferimos o não fazer, que faz a maior diferença, permitindo sair desta ilusão em que vivemos e acessar outras realidades.

Virginianos e trabalho

Nós, virginianos, preferimos sempre o trabalho. É nossa resposta em qualquer circunstância, o que faz a nossa vida não ser obsoleta.

Beatriz - Chico Buarque e Edu Lobo

Olha
Será que ela é moça
Será que ela é triste
Será que é o contrário
Será que é pintura o rosto da atriz
Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida

Olha
Será que é de louça
Será que é de éter
Será que é loucura
Será que é cenário a casa da atriz
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel
E se eu pudesse entrar na sua vida

Sim, me leva para sempre Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Ai, diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz

Olha
Será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia
Será que é divina a vida da atriz
Se ela um dia despencar do céu
E se os pagantes exigirem bis
E se o arcanjo passar o chapéu
E se eu pudesse entrar na sua vida
.
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Canal de Cura

Em certos momentos, eu me sinto tão esvaziada de mim, como se tivessem me sorvido pelo simples relacionar. Sempre que me aproximo dos que sofrem e pelos quais deixo que a empatia flua livremente, sou sua vítima que se esvai. É como se querendo melhorar o outro, eu me deixasse abater e isto de nada tem validade, posto que não quero me roubar a energia, o entusiasmo, a luz.
Sim, a luz: é nela que eu preciso me fixar, na minha parte imaterial. Esta, sim, pode ser usada para minha proteção, porque não diminui, já que está ligada à fonte. Se desejo melhorar quem quer que seja, que o faça minha porção supra-mental; que eu me permita ser um canal de inesgotável energia do universo, do Criador e possa ser um bálsamo para os que necessitam.
Não posso usar a minha parte mundana, a que também sofre, ainda que tenha compaixão.
Preciso vibrar equilíbrio, sensatez, fé: a certeza de que tudo nesta existência tem um porquê e cada acontecimento, inevitavelmente nos levará a uma rota de evolução, ainda que num primeiro momento pareça que tudo está a ruir, que não há salvação e que tudo nos abate.
Tenho que estar sempre sintonizada com meu Eu superior, para que possa ser um canal de cura, de promover um bem-estar aos que se aproximarem. Mas isto requer prática, é preciso que eu me solte, que mergulhe confiante num abismo de incertezas, estando segura de que tudo acontecerá da melhor forma e será possível ajudar aos que eu amo. Até que chegue o dia em que não haja mais distinção entre aqueles que merecem o meu amor pessoal e qualquer outro semelhante, num exercício pleno do amor incondicional.