segunda-feira, 25 de maio de 2009

Diversidade

Grão de areia pequenino,
Rochas, montanhas, vulcões,
Lagos, mares, oceanos,
Florestas, campinas, sertões,
Brisa, ventos, tornados,
Terremotos, tsunamis, trovões,
Asteróides, cometas, estrelas,
Maremotos, relâmpagos, monções.

Universo que se manifesta
Em tão variadas facetas,
Ensina-me, natureza, a esperar
Da vida só iniquidades
E, da criação, falsetas.

Solteira Inveterada por Água Abaixo

Sonho com vagas longas que calmamente chegam e vão outra vez, num movimento cadenciado de renovação. Há, ainda, no meu sonho, um caminhão, daqueles com escadinhas na parte traseira, onde os moleques se penduram para pegar carona de bicicleta, que entra nas águas verde-claras e é seguido alegremente por uma pessoa conhecida minha, a mais sonhadora e fora da realidade que eu já vi. Os dois, caminhão e mulher, entram nas águas. Essa visão me diz algo que ainda não consegui captar totalmente. Entretanto, sei que essa imagem vai me acompanhar por todo esse dia. Não apenas o quadro, mas, sobretudo, o significado mais profundo, o que me faz sentir ao trazê-lo à mente. É uma sensação de conforto, de alívio, de impulso, de amplidão, de fim de filme quando então está tudo bem. Percebo que simboliza aceitar o destino, caminhar em direção à felicidade sem as amarras, os impedimentos que sempre tentam justificar a nossa habitual recusa em evoluir. Assim eu sei que é chegado o momento de ir mais rápido, de crescer e dar frutos nessa existência. Sei que, finalmente, me rendi aos desígnios do destino. Agora, braços dados, casamento ideal,seguem juntos livre-arbítrio e predestinação. Não como dois namorados imaturos que se batem continuamente para, em seguida, trocarem beijos apaixonados de quem pensa que acertou; mas como adultos que caminham de forma segura e integrada, sabendo que o papel que ambos desempenham não é desvinculado um do outro, não se expressam isoladamente, fazem parte de um todo indivisível, absoluto. Essa fusão que não diminui as partes, que expandem num nível além da visão dos sentidos: é o sentido da própria vida, é o poder real que todos almejam.
Como expresso nesse sonho, estou casada, por destino e escolha consciente, demorada, eu bem sei, mas certa. E experimento, agora, um poder bem maior do que sempre tive. Não o poder de andar solta, de ter iniciativas e concretizá-las sozinha, trilhando o caminho que bem escolhesse. Mas o poder de compartilhar que só traz expansão, novas possibilidades e ampliação da área de atuação. E ainda, a maior recompensa: a paz, o tao do amor.
A imagem é bem clara: ir de encontro a algo mais amplo, ao aceitar-se a carona que a Vida nos propõe.

O Corpo e Seus Símbolos

O Corpo e Seus Símbolos: uma antropologia essencial - Jean-Yves Leloup

Examina o corpo como guia de informações que traduzem a verdade de cada um, integrando os aspectos físicos, psicológicos e espirituais. Mostra como o corpo conta a história do ser: pessoal, interpessoal e transpessoal. Enfatiza que ao considerar a doença e os sintomas, o terapeuta deve propor que o paciente não se identifique com eles e sim procure estar além deles, sendo o sujeito e não o objeto de suas dores. A doença deve ser o guia para o aprimoramento do ser, é a sua mensagem.
É ótima leitura, integrando várias fontes de conhecimento, inspirando novos estudos e correlações.
O aspecto de maior importância é encorajar a leitura do corpo pela própria pessoa, sem desconsiderar as correlações já existentes; mas, como no caso da interpretação dos sonhos, cabe ao próprio fazer a melhor leitura, a mais abrangente e fidedigna.