segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A Morte (Pelos Olhos de Quem Vê)

A própria morte pode parecer penosa
Mas a passagem não é assim tão ruim
No tempo certo todos estarão preparados
Ainda mais porque expirar não é o fim.

A morte dos outros pode ser ensinamento
Para aqueles que quiserem se aproximar
Verão tranquilidade nos olhos que se ampliaram
E já não enxergam a luz que os guiará.

É momento de reflexão e lucidez
Onde cada coisa adquire o real valor
Existe a possibilidade de compreender
Que tudo é passageiro, exceto o amor.

É como se uma aura de verdade
Enchesse os lares onde alguém partiu
Cessam as contendas por iniquidades
Se a gente entende a vida como um rio

Tudo passa, nada permanece
Só se leva da vida o que se aprendeu
O amor que expressamos é a nossa prece
E nos liga para sempre a quem já morreu.

Sobre a Morte

Não há porque se inquietar
Se existe outra opção
Afinal, a morte é só mais um bilhete
Rumo à próxima estação.

Morte é convidada ilustra
Que sempre causa um frisson
Às vezes chega, mas não fica,
Só deixa no ar a transformação.

Há os que aceitam o convite
E partem com ela de braços dados
Se não é o momento, não ultrapassam o limite
Mas voltam, certamente, transformados.