quarta-feira, 22 de julho de 2009

Tempo

Solta no vento do fluir do tempo
Fui jogada pra bem longe do que eu era
Tão rápido que quando percebo
Já conto mais de cinqüenta primaveras.

Parece-me agora que foi ontem
O dia em que saí sozinha pela primeira vez
Misto de espanto, assombro, deslumbramento
O que senti no peito ao passar por vocês.

Vocês que descubro hoje ainda
(Partes perdidas do meu eu a desvendar)
Sempre que cismando ando a esmo
Permitindo-me refletir em cada olhar.