segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Auschwitz

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Meu irmão está em viagem pela Europa, a trabalho. Como deve ficar alguns dias na Polônia, um de seus colegas propôs que fossem visitar as ruínas do campo de concentração de Auschwitz.
Quando ele me deu essa notícia, eu gelei, pensando que poderia estar no lugar dele.
É que eu sou extremamente fraca para qualquer coisa que se relacione com esse momento de horror na história da humanidade.
Quando fui assistir, sem saber do que se tratava, ao filme A Lista de Schlinder, eu tive uma reação inusitada: não podia parar de chorar compulsivamente, logo nas primeiras cenas mais chocantes. Foi uma reação incontrolável.
Algum tempo depois, eu tive uma recordação de vida passada em que eu me via numa daquelas filas de judeus para serem mortos. Foi muito forte o sentimento.
De fato, mesmo que eu fosse à Polônia, jamais iria me aproximar daqueles lugares horrorosos. A aura de dor, tristeza e desespero deve permanecer até hoje por lá e isso certamente afeta aos que visitam as ruínas. Não importa se na época, alguém que fez parte das minhas vidas passadas esteve lá como nazista ou judeu. Para a personalidade de hoje, não importa de qual lado esteve, o incômodo é o mesmo. Afinal, em determinado contexto, acertar ou cometer erros é irrelevante. O que importa é o aprendizado adquirido por viver a experiência.
Vou esperar para ouvir o que ele vai me contar sobre essa vivência tão significativa em sua vida.