
Uma menininha tranqüila, cabelos compridos, bem penteados, saia pregueada impecável, blusa perfeitamente costurada para ela, sapatos limpos que cobrem meias três quartos muito alvas, senta-se de pernas cruzadas, cotovelos sobre os joelhos, mãos entrelaçadas que apóiam o queixo, cabeça baixa olhando o chão, acompanhando a sombra que se move diante e após si, ponteiro exato dos dias que se escoam, aguardando, neste lugar isolado, seguro, agora na penumbra, o retorno que virá em breve.
Então, enquanto se levanta para receber sua companhia, que inunda de claridade tudo à volta ao abrir a porta, modifica-se lentamente e, já de pé, é uma mulher que abraça e recebe de volta, feliz.