segunda-feira, 9 de março de 2009

Planos de saúde: como utilizá-los?

Os planos de saúde deveriam ser utilizados para que, na prática, fossem garantidos, com menor custo:
- maior facilidade de investigação diagnóstica, possibilitando realização de exames, desde os mais simples aos mais sofisticados;
- consultas a diferentes especialistas, quando necessário;
- internações hospitalares;
- procedimentos cirúrgicos;
- quimioterapia;
- radioterapia etc.
O mais indicado seria sempre individualizar o paciente e realizar somente os procedimentos diagnósticos e terapêuticos indicados em cada caso.
Entretanto, o que se observa é a solicitação indiscriminada de exames e procedimentos terapêuticos, seguindo protocolos que tendem à generalização. As consultas geralmente são rápidas e quase nunca o paciente pode ser ouvido o suficiente.
Esta prática demanda tempo e energia do paciente que necessita voltar-se completamente para a investigação diagnóstica quase sempre agravando seu nível de ansiedade e consumindo mais da sua já depauperada energia. E quanto mais exames e mais especialistas, muitas vezes mais dúvidas em relação ao diagnóstico e mais ansiedade para o paciente.
A peregrinação por diferentes especialistas e salas de exame aumenta seu estado confusional, deixando-o ainda mais alarmado, aumentando sua dificuldade de acionar os mecanismos de auto-regeneração para recuperação da saúde. Isto sem contar o quanto procedimentos e consultas desnecessários oneram sua renda.
E isto vem acontecendo por inexperiência, insegurança, necessidade de se resguardar juridicamente em relação a sua prática e/ou excesso de zelo dos colegas médicos que têm aberto mão do seu diagnóstico intuitivo, do seu feeling, nesta corrida alucinada da era tecnológica, não se dando conta de que esta postura intervencionista funciona como mais uma agressão, noxa para o paciente, quando não é necessária, evidentemente.

Nenhum comentário: