segunda-feira, 9 de março de 2009

Investigando o hipertenso

Se você é hipertenso, qual a compreensão que possui desta doença?
O que aconteceu com você a partir deste diagnóstico? O que se passa na sua imaginação? O que lhe foi dito pelo seu médico e o que você já sabia pela experiência de vida que foi acumulando no contato com outros portadores desta doença?
É fato que você tem muitas perguntas e que seu médico, provavelmente, não respondeu a todas elas (se é que lhe foram formuladas).
Qual o seu sistema de crenças em relação a esta doença? Isto é muito importante.
Você se trata com medicamentos? Faz exercícios físicos? Dá atenção especial à expressão das suas emoções? Já fez algum investimento em autoconhecimento? Passou a tentar diminuir o seu nível de estresse a partir do diagnóstico ou simplesmente toma os remédios que lhe disseram que deveria tomar pelo resto da vida, tendo em vista que “pressão alta” não se cura (fala-se do sintoma e não da doença)? Vive oprimido pelo medo das “malfadadas” complicações tão freqüentes (infarto e derrame) que são o destino dos que se comportam mal e não tomam os remédios? Mas você deve saber, já deve ter tido conhecimento das mesmas complicações naqueles cordeirinhos que tomam os remédios direitinho (e isto acaba servindo de justificativa para os que rejeitam a medicação). E há aqueles que se recusam a deixar aferir a pressão arterial para não correrem o risco de engrossar o grupo daqueles que se tornaram escravos da doença. As pessoas que possuem uma natureza independente e livre não desejam ser portadoras deste tipo de doença, entretanto, não estão imunes a ela.
O fato é que, apesar de todas as campanhas para diagnóstico, da facilidade de se verificar a pressão nos mais variados locais públicos, da possibilidade de receber os medicamentos em casa, as complicações continuam existindo e o número de mortes não diminui de forma satisfatória.
Então, o que poderia ajudar a você que descobriu que tem pressão alta (ao aferir sua pressão numa consulta médica de rotina, ou para diagnóstico após ter apresentado dor de cabeça, náuseas, tonteiras, aperto ou pressão no peito, zumbido nos ouvidos, visão turva ou ainda outros sintomas) ou que tem uma família em que vários membros são hipertensos ou mesmo que se interessa em prevenir esta condição em você?
O que ajuda é conhecer a doença. Primeiro de maneira geral, e depois de forma individualizada, isto é: saber informações gerais sobre diagnóstico e tratamento de hipertensão e depois, obrigatoriamente, saber se você tem perfil para ser hipertenso e como seria se desenvolvesse a sua hipertensão arterial, já que os espectros de doença variam de acordo com o portador. Há os que têm sintomas e há os que não sentem nada relacionado ao aumento dos níveis tensionais ou, pelo menos, não se dão conta disto. Há os que têm níveis leves, moderados ou acentuados de hipertensão. Há os que mostram elevação de pressão por causas muito diferentes entre si (relacionados a alimentação, aborrecimentos, raiva reprimida, preocupações excessivas etc.). Há os que têm picos hipertensivos e há os que mantêm a pressão elevada sem medicamentos ou mesmo apesar deles. Há os que tiveram sua doença deflagrada por algum acontecimento em suas vidas (a grande maioria) e há os que não a relacionam a nada. Há os que apresentam hipertensão em períodos de sua vida como, por exemplo, durante a gravidez, e precisam ficar atentos a partir disto. O que é certo é que os hipertensos compõem um grupo heterogêneo, embora possam ser observadas muitas características comuns.

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi, Alba,
Como leitores assíduos do seu blog, estamos sentindo falta de todo o material elucidativo que você nos proporciona, fazendo-nos ver que as doenças realmente são produtos de nossa maneira de viver. Tão verdadeiro é isso que, se relembrarmos os momentos de maior euforia em nossas vidas, vamos verificar que sequer uma dor de cabeça nos afetou.
Hoje, sei que produto de minha maneira de se posicionar, estou carregando no pé esquerdo uma dor que não é constante e já observei que ela se apresenta nos momentos de stress. O que você poderia me dizer sobre isso?
Parabéns e nosso abraço carinhoso.

Comentário por Adir e Jorge — 25.6.08 @ 15:50

Anônimo disse...

Diza:
Me desculpe, acho que a dor já até passou, porque só estou vendo hoje sua pergunta. Mas penso que esta tensão nos pés se deve ao fato de você buscar sempre a segurança nas coisas da sua vida e há situações em que a melhor segurança é fechar os olhos, não se preocupando com as pedras nas quais possa, eventualmente, pisar, porque, se você ficar com o pensamento fixo nas pedras, a dor que espera ao pisar pode ser pior. Mas é claro que isso também se deve ao fato de você passar horas de pé fazendo serviços na cozinha, coisa que sua parte poderosa de gerente de RH deplora e acha que é de menos valia, gerando raiva e aumentando os efeitos do cansaço natural pelo excesso de trabalho. Portanto, precisa descansar mais, se reconciliar com o fato de estar vivendo mais o lado de dona de casa, coisa que você também sempre desejou e não podia viver (daí as suas brigas com Bujão) e se soltar em relação aos acontecimentos da vida, com confiança, sem medo, savendo que tudo acontece no momento certo e quando temos capacidade para lidar com as questões difíceis, como sempre nos ensinou a sábia Magdalena: “Deus só dá a carga que cada um pode carregar.”.
Um beijo.

Comentário por Alba — 12.7.08 @ 9:45