segunda-feira, 9 de março de 2009

Doença grave na família

Quando passamos por uma grande dificuldade, devemos solicitar ajuda daqueles que estão próximos. Isto traz benefícios, não só para aqueles que precisam do auxílio, mas também para aqueles que se dispõem a ajudar.
Isto é bem demonstrado no relato contido no livro do Dr. Bernie Siegel, Paz, Amor e Cura, quando fala sobre as atitudes de uma mulher ao saber que o marido estava com câncer, solicitando e recebendo a ajuda necessária da família, dos amigos, de colegas, do marido e até de si mesma. Aqueles que cuidam do doente, assim como ele, precisam descobrir como pedir aquilo de que precisam. Ela descreve assim a sua experiência:

“- Reuni a tropa. Contei à minha família, à de meu marido e aos amigos.
- Pedi a todos que me contassem histórias de sobreviventes de câncer, ou nos apresentassem a eles, e perguntei-lhes o que supunham tê-los ajudado a sobreviver.
- Comecei a fazer psicoterapia imediatamente.
- Continuei com meus exercícios.
- Fiz muito carinho no meu gato. Abracei amigos, familiares e meu terapeuta.
- Fazia carinhos a mim mesma. Usava roupas macias e felpudas e tomava banhos de banheira.
- Confiava naquilo de que gostava. Uma coisa que me dava prazer era continuar a me vestir bem e usar maquiagem. Ter boa aparência melhorava meu astral.
- Procurei comer alimentos nutritivos.
- Decidi, imediatamente, acontecesse o que acontecesse, inclusive a morte de meu marido, que superaríamos juntos toda essa história, que eu sairia vencedora dessa batalha e que usaria toda a nossa experiência para ajudar os outros.
- Através de meu trabalho mantive contato com aspectos meus que não estavam ligados ao fato de ser mulher dele.
- Procurei informações médicas e pedi aos amigos e familiares que pesquisassem por mim.
- Pedi às pessoas que rezassem.
- Controlava as visitas e telefonemas para meu marido.
- Aceitava ajuda.
- Fazia pausas. Meu marido queria que eu continuasse bem, e tirar um dia de folga era uma afirmação de que tanto ele como eu podíamos manter nossa independência pessoal. Mesmo quando ele estava muito doente teve a oportunidade de retribuir, dando-me liberdade.
- Liberei-me do passado. Nossa vida tinha mudado irrevogavelmente com o diagnóstico dele.
- As comparações de nossa vida presente com o sossego do passado transformaram-se em sorvedouros irrelevantes de energia.
- Desisti de tentar controlar minhas emoções.
- Abri mão das tarefas que não eram essenciais.
- Abri mão do tratamento de meu marido. Como sua mulher, minha tarefa era amá-lo; recuperar-se era tarefa dele.
Minha experiência foi clara: as pessoas não devem esperar para expressar seu amor! Algumas só precisam de orientação quanto à melhor forma de demonstrá-lo. Tudo quanto eu tinha a fazer era mostrar minha situação, e as pessoas aproveitavam a oportunidade de serem humanas e afetuosas.”

Este é um texto para reflexão. Se você está passando por uma situação parecida em sua vida, pode colocar estas sugestões em prática, de acordo com a sua realidade.

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