segunda-feira, 9 de março de 2009

Placidez e turbulência 2002

“As pessoas criativas aceitam mais do que ninguém a complexidade e a desordem. Em sua preferência generalizada pela confusão, voltam-se para a percepção nebulosa da vida inconsciente e respeitam as forças do irracional em si mesmas e nos semelhantes. O homem criativo não apenas reverencia sua própria irracionalidade como considera-a a fonte mais fecunda de seus pensamentos. Repele a exigência social de calar na alma o primitivo, o ignaro, o ingênuo, o mágico, o absurdo. Quando pensa de um modo tido por condenável, os colegas o tomam por desequilibrado mental. Ora, esse desequilíbrio talvez seja mais saudável que danoso. A pessoa verdadeiramente criativa está pronta a abandonar as velhas classificações e a reconhecer que a vida, sobretudo a sua, que é única, apresenta inúmeras possibilidades. Para ela, a desordem é a ordem em potencial.”
Frank Barrow (“Psicologia da imaginação”, Scientific American, 1950)

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