quinta-feira, 12 de março de 2009

Protejam-me do Amor!

Protejam-me do amor! Cruz credo!
O amor faz mal fazendo bem.
O amor se engana, leva pra cama e tenta derreter o metal,
mas... de quem?
O amor conduz, seduz e reduz.
Egoísta que é, toma tudo,
não vê um palmo além de si.
Matreiro, prega peças mil,
crê ajudar, mas na verdade per si
mostra mesmo o quanto é vil...

Ah! Esse engodo de compartilhar,
essa conversa fiada de dissolver o ego pra gozar...
Tudo balela! Tudo bobagem!
Na verdade amamos é a própria imagem.

Desconjuro! Comigo não!
Solteiro convicto, sem alarde,
disfarço, nos dias de casamento,
fingindo estar junto, sendo de fato covarde
pra me render ao conviver.

Ao invés de um, dois?
Prefiro morrer!

Mas... maldição...
me pego, já consumado o fato,
enredado, à traição,
na armadilha das teias
- invisíveis e absolutas -
do coração.

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