domingo, 8 de março de 2009

Escamotear sempre

Por que será que a melhor forma de lidar com a falência das instituições é escamotear?
Já repararam que atualmente a resposta às dificuldades várias tem sido cada vez mais distrair os interessados com reclamações (não que não sejam justas), reinvidicações, comissões, reuniões e toda sorte de embromações, com o único objetivo de nada resolver, continuar “empurrando com a barriga” e manter seu empreguinho mesmo em tempos de crise?
Pior é que, na verdade, a única crise que ainda não existiu, o que está na base de qualquer crise de última hora, foi a crise de consciência.
Assim é que, em todas as repartições públicas: nas escolas, hospitais, postos de saúde, delegacias etc., aqueles que lá trabalham sabem muito bem quais são os problemas e as diretrizes que têm que ser traçadas para resolvê-los de forma definitiva ou, ao menos, torná-los menores. Mas, na impossibilidade de contarem com os recursos e as decisões negligenciados pelas autoridades (in)competentes nos vários segmentos, há muito tempo e sentindo-se muitas vezes impotentes e já saturados por tentativas frustradas repetidamente ao longo dos anos, passaram, em alguns casos, a assumir os mesmos comportamentos de camuflagem quando, ao invés de se colocarem nas linhas de frente, com os recursos disponíveis (inclusive a sua pessoa e energia) para prestarem os serviços à população (exceto quando for de todo impossível garantir uma atuação digna dentro de sua área de atuação) perdem um tempo precioso em reuniões, formação de comissões, discussões intermináveis que apenas garantem que a incompetência continue se arrastando disfarçada, com os prejuízos dos usuários e a manutenção dos cargos e ganhos destes servidores.

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