domingo, 9 de agosto de 2009

Mando Notícias

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Escrevo-te somente após tanto tempo, não porque só agora me lembre de ti. Antes, recordo-me por quantas vezes tive que, a força, segurar o ímpeto de enviar-te muitas outras cartas que te escrevia apenas em minha mente, dizendo do meu amor.
Não, não estive afastada de ti, embora seja o que decerto te pareça.
O que ocorre é que me debati até agora em dúvidas de como estarias e como ficarias após teres notícias do meu amor que permaneceu inalterado, melhor dizê-lo, crescendo exponencialmente com o passar dos dias de tua ausência.
Pensava em ti, como ainda penso em todos os momentos. Imaginava-te pensando em mim, certa do meu amor e eu com a certeza do teu. Mas, como ousar e enviar-te uma só palavra que poderia, se eu estivesse enganada, despertar em ti qualquer rejeição ao meu amor? Afinal, quem ama teima em oscilar entre dúvidas e certezas, mesmo sabendo que se há amor, ele é certo.
Entretanto, aquele que ama como eu amo, não suporta a rejeição que o faz, ante essa possibilidade, preferir a própria morte.
E assim, covarde diante da incerteza do que ainda nutres por mim em teu coração, me deixei ficar em silêncio...
Até este momento supremo em que a vontade de gritar-te, mesmo que só por mais uma vez que te amo ainda, foi maior que o meu temor pelo teu silêncio.
E somente tenho uma coisa a dizer-te: que ainda te amo e te quero de volta para viver esse nosso amor do qual estou certa de que não te esqueceste.
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Este post faz parte da blogagem coletiva de agosto do blog Vou de Coletivo!:
Uma Carta de Amor.
E da blogagem coletiva de agosto do Duelos Literários: Cartas de Amor.

2 comentários:

Anônimo disse...

Linda carta de amor...
Que descrição suave...
Beijos,
Ana Lúcia.

angela disse...

Muito linda
Ja tivesituações na vidaque poderia te-la escrito.
Passou bem os conflitos que existem num coração apaixonado e que sofre com a incerteza.
abraços