Sozinha entre iguais desconhecidos
E abandonada pela sensatez
Disfarço e ando solta. Faz sentido?
Incrível essa minha desfaçatez!
Pareço pensar como todo mundo
Ninguém imagina o que em minha mente vai
Se pudessem lê-la nesse segundo
Veriam, claramente, a causa dos meus ais.
É que meu universo é tão sombrio
Que parece para nada haver esperança
Eu me debato sempre nesse caudaloso rio
Enquanto aguardo (paradoxo) a bonança.
E vou tocando os dias sempre iguais
Fazendo só o que deve ser feito
Sem cor, sem brilho, só fatos banais...
Pois que o problema é o olhar que não endireito.
Chamem de depressão ou de falta de graça
Não importa o nome que se dê
O fato é que não consigo escapar da trapaça
Que o mundo fez comigo ou eu mesma fui capaz de fazer.
É isso mesmo, vejo claramente agora
Não é Deus nem o mundo, sou eu que me abandono
E pra poder dar uma reviravolta nessa hora
Ao invés de me vitimizar, só tendo comigo o definitivo confronto.
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quarta-feira, 30 de setembro de 2009
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