sábado, 14 de março de 2009

Uma Só Voz

- Espírito cor-de-rosa, não vás!
Por que agora deixas meu corpo?
Que há de mim sem ti?
Que posso eu sem tua animação?
Estou inerte se de ti dependo.
Nada sou quando te afastas em definitivo.

- És apenas matéria, ó infeliz!
És, a um só tempo, tudo e nada.
Não vês que é breve tua existência
E que somente me serves de morada?
E que é para assim mesmo ser:
Quando me solto de ti,
Torno a ser livre outra vez.
E tu retornas a pó. E só.

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